Para quem quer realizar uma viagem ou até mesmo uma compra em poucos meses, fica aquela dúvida: onde investir meus recursos sem correr riscos desnecessários?
Nesse texto pretendo mostrar como decidir qual a melhor alternativa de investimentos para o curto prazo. Além disso, já adianto que vale muito a pena investir o dinheiro, mesmo no curto prazo, para se proteger da inflação, que é a perda do seu poder de compra.
Atualmente com tantas oportunidades de investimentos fica difícil saber onde investir para cada necessidade e objetivo de vida. Com isso, os investidores acabam tomando decisões que não são as melhores e que podem causar prejuízos.
Alguns investidores que optaram por aplicar seus investimentos de curto prazo em renda Variável, tiveram uma dura lição durante o início da pandemia de coronavírus.
Nem preciso dizer que muitos tiveram perdas significativas e dificuldades de vender seus investimentos quando mais precisavam. Isso porque, a bolsa de valores teve uma queda de quase 30% em um único mês e muitas pessoas perderam seus empregos e precisaram sacar os recursos, mesmo sabendo que em algum momento eles voltariam aos patamares anteriores.
Por isso é importante manter a segurança e liquidez nos investimento voltados para objetivos de curto prazo. Afinal, não podemos ter surpresas com este dinheiro.
O que é curto prazo?
Para investir bem, além do perfil investidor, é preciso conhecer o período no qual os investimentos permanecerão aplicados. Por isso temos a seguinte definição para curto, médio e longo prazo:
Curto prazo: até 2 anos.
Médio prazo: de 2 a 5 anos.
Longo prazo: acima de 5 anos.
Obs: em países desenvolvidos considera-se longo prazo um período acima de 10 anos. Devido a fatores culturais e as condições de instabilidade do nosso país, o período de 5 anos é considerado um período prudente para o longo prazo no Brasil.
Onde investir?
Para que seus investimentos de curto prazo cumpram seus objetivos de preservar seu patrimônio, eles precisam estar aplicados em produtos seguros e com alta liquidez. Isto é, produtos que permitam o resgate imediato.
Além disso, deve estar em aplicações estáveis e seguras, sem chances de perdas significativas. Os investimentos mais aconselhados nesse sentido são os de renda fixa, uma vez que tendem a possuir os menores riscos.
É importante lembrar, porém, que nem todos os investimentos de renda fixa são iguais, sendo que existem títulos de renda fixa altamente especulativos, que apresentam elevada oscilação e considerável risco de crédito.
Abaixo segue uma lista de investimentos que podem ser utilizados a curto prazo:
Tesouro Selic
Investimentos em títulos do Tesouro Direto são considerados os mais seguros no Brasil. Isso acontece em virtude de estarem vinculados ao Governo Federal. Além disso, o emissor garante sua recompra, o que proporciona alta liquidez.
O Tesouro Selic é um investimento pós-fixado e sua rentabilidade acompanha a taxa Selic — a taxa básica de juros da economia. Assim, investir nele garantirá um retorno correspondente à variação dessa taxa, a qual, de maneira geral, também tende a oferecer proteção razoável contra a inflação.
CDB com liquidez diária
O certificado de depósito bancário (CDB) é emitido por instituições financeiras. Nesse tipo de investimento, os recursos captados são usados para que as instituições cubram as suas operações. Na prática, é o equivalente a emprestar dinheiro para os bancos.
Existem diversos CDBs no mercado, e seus prazos e rentabilidade variam de acordo com os emissores. Por isso, é preciso ter atenção: nem todos apresentam liquidez diária. Como você viu, para alocar a reserva de emergência essa característica é essencial.
Os CDBs que possuem liquidez diária geralmente são pós-fixados e utilizam o CDI (certificado de depósito interbancário) como base de sua remuneração. Ele é uma taxa próxima à taxa Selic.
Em relação à segurança, vale destacar que o investimento está assegurado pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Assim, caso a instituição bancária não realize o pagamento do título, o FGC garante o pagamento de até R$ 250 mil por CPF e instituição, com limite global de R$ 1 milhão a cada 4 anos.
Então não deixe de verificar se a instituição financeira emissora do CDB está associada ao FGC, bem como, confira também o rating dos títulos, de maneira a saber se a instituição possui risco de crédito elevado ou não.
Mesmo tendo o FGC como segurança, é recomendável manter a sua reserva de emergência em bancos com baixo risco de crédito, ou seja, bancos com uma boa capacidade de pagar seus correntistas.
Fundos de Investimentos (DI)
Por fim, existem opções de fundos DI, que podem ser interessantes para a reserva de emergência. Fundos são uma espécie de condomínio em que os investidores adquirem cotas e participam dos resultados obtidos por um gestor profissional.
Como o investimento precisa ser seguro e ter alta liquidez, os fundos DI são os que costumam se adequar ao objetivo. Geralmente, eles focam seus investimentos em Tesouro Selic e outros títulos de alta liquidez.
Contudo, é preciso considerar que os fundos podem não ter a mesma segurança do investimento direto nos títulos. E não há cobertura do FGC. Também é preciso ponderar eventuais cobranças, como a taxa de administração.
Colocando em prática
Estes investimentos são ideais para metas de curto prazo. Para investir basta ter conta em uma corretora e transferir seus recursos. Após isso você irá buscar pelos produtos ideias para seus objetivos de curto prazo.
Caso você ainda tenha dúvidas de como investir, um Planejador Financeiro pode ajudar na seleção e análise dos produtos que podem compor uma estratégia de curto prazo.
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