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O que é um fundo de investimentos?

Atualizado: 17 de set. de 2021

Não posso começar este relatório especial sobre fundos sem a definição deste produto.


Os fundos são investimentos coletivos, criados por instituições financeiras e suas cotas são vendidas para os investidores.


Após a aplicação em um fundo os investidores passam a ser chamados de cotistas, e a sua remuneração ou prejuízo vem da variação de preço da cota do fundo, que é a menor fração do capital sob gestão.





Para facilitar a compreensão da estrutura de um fundo, basta imaginar um prédio, onde você é proprietário de um apartamento. Se todo o edifício se valorizar, consequentemente, o seu imóvel também irá se valorizar, certo? Com os fundos também funciona assim.


Os fundos são regulados no Brasil pela normativa CVM 555/14, que determina as regras que cada produto deve cumprir para ter sua distribuição autorizada.


O mercado de fundos de investimentos no Brasil ainda está em expansão, e representa pouco mais de R$ 5 trilhões, com mais de 16 300 fundos de investimentos disponíveis, o que torna o processo de escolha destes produtos uma tarefa complexa.


Classes de fundos


O primeiro ponto a ressaltar é que todos os fundos são geridos por uma instituição e a escolha de investimentos realizados cabe ao gestor, que é o profissional devidamente certificado e autorizado para realizar esta função. Embora tenha a figura do gestor, isso não representa que ele tem liberdade absoluta para tomar decisões. Para proteger os investidores a CVM (comissão de valores mobiliários), estabelece uma série de parâmetros de classificação destes produtos, de acordo com a exposição em determinada classe de ativos, e estratégia.


Além disso, alguns fundos também possuem restrições de aplicação dependendo do perfil do investidor, que são três ao total:


  • Investidor em Geral: que é todo o investidor que tem aplicações no mercado financeiro.


  • Investidor qualificado: que é a pessoa física ou jurídica que possui aplicações financeiras em valor igual ou superior a R$ 1 milhão e que ateste essa condição por escrito. Existem também a possibilidade de o investidor obter esse status por meio da aprovação em algum exame de certificação aceito pela CVM.


  • Investidor profissional: que é pessoa física ou jurídica que possui mais de R$ 10 milhões aplicados no mercado financeiro e que ateste essa condição por escrito, além das instituições financeiras, fundos de pensão, fundos de investimento, entre outros, que também são classificados neste perfil.


Esses perfis foram criados pela CVM para proteção do investidor, já que cada perfil vai determinar os produtos que cada pessoa terá acesso.


Por exemplo, atualmente, os fundos destinados ao público em geral possuem uma limitação de até 20% do patrimônio líquido em ativos no exterior, com exceção dos fundos de renda fixa dívida externa.


Já nos fundos destinados à investidores qualificados este limite é majorado para 40%, sendo apenas possível o investimento de 100% nessa classe de ativo caso o fundo tenha concomitante, (1) o sufixo “investimento no exterior” e (2) invista no mínimo 67% em ativos no exterior.


Já no caso dos fundos destinados a investidores profissionais, basta terem o sufixo “investimento no exterior” para ter a possibilidade de investir 100% no exterior.


Quais são as categorias de fundos


Além de terem diferenciação por patrimônio do investidor, os fundos de investimentos são separados tanto por classe de ativos de investem, quanto pela estratégias adotadas.


Fundos de Renda Fixa, por exemplo, precisam ter 80% do portfólio alocado em ativos com este grau de risco.


Fundos de ações precisam ter no mínimo 67% do Patrimônio investido em ações negociadas em mercados organizados, como bolsas de valores, ou em outros ativos relacionados a esse segmento.


Fundos multimercados são fundos que possuem maior liberdade e não tem obrigatoriedade de seguir nenhum estratégia específica.


Imposto de Renda


Um grande vantagem dos fundos de investimentos é simplificar o pagamento de impostos. O imposto é retido na fonte sobre o lucro, no momento do resgate e para os fundos de renda fixa e multimercados,de seis em seis meses na incidência do come-cotas, que é a antecipação o IR.


A tributação dos fundos pode variar de acordo com a classe de ativos e prazo.

Os fundos de renda fixa e multimercados, estão sujeitos a tributação regressiva do imposto de renda.


Começam com tributação de 22,5% sobre o lucro e caem até chegar ao mínimo de 15% em dois anos.


Já os fundos de ações, além de não terem o come-cotas, tem tributação fixa de 15%, independente do prazo de resgate.


Quais as vantagens de investir em fundos:


A primeira delas está justamente na gestão profissional. Você terá um gestor e uma equipe experiente trabalhando para você. Muitas vezes os fundos têm profissionais especializados em um único setor da bolsa, por exemplo, algo que é muito difícil de ser replicado por um investidor pessoa física.


Capacidade de diversificação. Com um fundo é possível ter acesso,de forma simples, a mercados e produtos que seriam impossíveis se não fosse com magnitude de um fundo. E com um capital pequeno é possível diversificar seu patrimônio nas maiores empresas do planeta.


Simplificação do pagamento de impostos, já que toda a tributação ocorre na fonte e no momento do resgate. Sem a necessidade de emissão de DARF, nem de ajustes no imposto de renda.



Pontos de atenção


O resultado de um fundo de investimentos depende sobretudo, do conhecimento do gestor e da equipe do fundo. Sendo assim, escolher uma equipe experiente na hora de investir é fundamental.


Evite fundos que focam apenas no retorno no curto prazo. Geralmente esses produtos tendem a ir mal no futuro. Isso acontece porque a economia é cíclica e nenhum investimento sobe indefinidamente, e se subiu muito em algum momento o mercado irá realizar uma correção. Prefira fundos com resultados consistentes no decorrer dos anos e com um bom gerenciamento de riscos.


Cuidado com fundos com taxa de administração fora do normal. A taxa de administração é o valor utilizado para cobrir os custos do fundo. Fundos com maior complexidade, naturalmente exigem taxas de administração maiores, já fundos passivos (que buscam apenas acompanhar um indicador) não tem tanta necessidade de altos custos. Lembrando que o resultado de um fundo já é descontado da taxa de administração e outras cobranças.


Conclusão


Já vimos que escolher um fundo não é tarefa fácil, seja devido a grande quantidade de produtos disponíveis, ou das diferentes estratégias adotadas. Uma carteira de investimentos bem feita precisa de diversificação para entregar resultados consistentes no passar dos anos e resistir às crises que venham a surgir. E os fundos de investimentos são instrumentos eficientes e sofisticados, capazes de gerar valor para os diferentes perfis de investir com o passar dos anos.




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