Como escolher o melhor plano de previdência privada para proteger seu futuro financeiro
- Paulo Monfort, CFP®
- há 3 dias
- 4 min de leitura
Planejar a aposentadoria com inteligência envolve mais do que acumular recursos. Entender os tipos de planos de previdência privada, seus benefícios fiscais e sucessórios pode transformar seu patrimônio e garantir tranquilidade para você e sua família.

A previdência privada se tornou uma ferramenta essencial de planejamento financeiro e patrimonial. Ainda que apenas 2% da população brasileira invista nesses produtos, os planos de previdência oferecem uma das melhores relações entre benefício fiscal, sucessório e flexibilidade de investimento disponíveis no mercado.
Mais do que uma alternativa complementar ao INSS, a previdência privada pode ser usada para construir uma reserva de longo prazo, organizar a sucessão familiar e otimizar a carga tributária. Tudo isso sem abrir mão de liquidez e eficiência de gestão.
Quais são os tipos de planos de previdência privada?
Os planos de previdência privada são abertos e fechados. Os primeiros podem ser adquiridos por qualquer pessoa que queira aportar capital nesse produto financeiro. Já os segundos são chamados de fundos de pensão, por serem oferecidos por entidades de classe e empresas a associados ou colaboradores. Os planos abertos são regulados pela SUSEP, enquanto os fechados possuem regulação feita pela PREVIC.
Planos abertos
Os planos de previdência privada abertos estão disponíveis para qualquer investidor. Eles são administrados por seguradoras e comercializados por corretoras de valores e de seguros, além de bancos, devido à sua natureza.
A partir do momento que você adquire um plano aberto, realiza aportes e a seguradora investe os valores. Normalmente, há um prazo de carência de 60 ou 90 dias, isto é, um período em que não se pode mexer no dinheiro.
Planos fechados
Os planos de previdência privada fechados são voltados para grupos específicos, como colaboradores de uma empresa ou participantes de uma classe profissional. Por isso, também são chamados de fundos de pensão e Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs).
Nesses planos, é impossível fazer os saques de forma antecipada. É necessário haver o desligamento da empresa ou a aposentadoria.
Entenda os tipos de planos disponíveis
Existem dois tipos principais de planos de previdência: PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). Ambos funcionam como fundos de investimento, com uma fase de acumulação e uma fase de usufruto, mas diferem na forma como são tributados:
O PGBL permite deduzir até 12% da renda tributável no Imposto de Renda para quem faz declaração completa.
Já o VGBL é indicado para quem faz declaração simplificada, sendo tributado apenas sobre os rendimentos no momento do resgate.
Além disso, os planos podem ser abertos, oferecidos por seguradoras e acessíveis a qualquer investidor, ou fechados, destinados a funcionários de empresas ou membros de entidades específicas.
Os principais benefícios da previdência privada
Eficiência fiscal: ao optar por planos com tributação regressiva e resgates de longo prazo, é possível pagar apenas 10% de IR após 10 anos.
Planejamento sucessório: valores em previdência não entram em inventário, são isentos de ITCMD em vários estados e podem ser resgatados rapidamente pelos beneficiários.
Flexibilidade e portabilidade: é possível trocar de fundo ou gestora sem resgatar o dinheiro, mantendo a eficiência tributária.
Rentabilidade competitiva: com o avanço dos fundos espelhados e multimercados, a previdência deixou de ser sinônimo de rendimento baixo. Hoje, ela oferece acesso a estratégias sofisticadas de investimentos.
Um exemplo prático de uso estratégico
Considere dois investidores com R$ 2 milhões aos 55 anos, ambos mirando aposentadoria aos 65:
O primeiro opta por investir 30% do patrimônio em previdência privada, o restante em ativos convencionais.
O segundo investe 100% em ativos convencionais.
O primeiro reduz sua carga tributária, evita custos de inventário na sucessão e mantém flexibilidade para planejar sua renda futura. O segundo, apesar de boas escolhas de ativos, perde eficiência tributária e agilidade sucessória.
Como escolher seu plano ideal
O ponto de partida é entender seu perfil tributário e objetivos. Se sua renda é alta e você faz declaração completa, o PGBL tende a ser mais vantajoso. Caso contrário, o VGBL pode fazer mais sentido.
Em seguida, analise a estratégia do fundo, o histórico do gestor, o nível de risco e a política de alocação. Fundos mais conservadores são adequados a perfis de baixa tolerância a risco, enquanto fundos com maior exposição à renda variável podem entregar retornos superiores para investidores arrojados.
Previdência privada como pilar do planejamento patrimonial
A previdência não é só um veículo de aposentadoria — é uma poderosa ferramenta para proteção e organização do patrimônio familiar. Quando bem estruturada, ela oferece:
Benefícios fiscais na fase de acumulação.
Eficiência sucessória com isenção de impostos e liquidez rápida.
Blindagem patrimonial em muitos casos.
Renda complementar futura com liberdade de escolha sobre como e quando utilizar os recursos.
Na Fort Capital, auxiliamos nossos clientes a integrarem a previdência ao seu planejamento de longo prazo, de forma estratégica, alinhada à realidade financeira e aos objetivos da família.
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