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Foto do escritorPaulo Monfort, CFP®

Muito além dos números: Saiba como um planejador financeiro pode te apoiar na tomada de decisões

Atualizado: 5 de ago. de 2021



Uma das primeiras coisas que vêm à mente quando pensamos em finanças pessoais são números e contas matemáticas. Da mesma forma, quando pensamos em profissionais do mercado financeiro, não é raro, imaginarmos matemáticos, estatísticos, engenheiros e economistas, todos rodeados de telas cheias de gráficos e números.


Entretanto, a tomada de decisões financeiras não está relacionada somente a números e análises quantitativas.


Uma parte do processo, tão importante quanto às demais, tem a ver com o comportamento do investidor, até porque, de nada adiantam números e sofisticadas análises estatísticas se o investidor decidir ignorá-los ao agir por impulso.


Hoje sabemos que uma pessoa toma em média 30 mil decisões por dia, sendo 95% delas baseadas nas emoções que sentimos, deixando apenas uma pequena parcela para o lado mais racional do cérebro.


O impacto dos vieses psicológicos e emocionais é estudado por um campo que tem adquirido cada vez mais importância, denominado de “Finanças Comportamentais”.

Para entender um pouco mais sobre essa relevante área de estudo, bem como sobre os benefícios de contar com um planejador financeiro para protegê-lo de vieses comportamentais prejudiciais na hora de investir, continue a leitura.


O que são as “Finanças Comportamentais”?


Este nome se refere a um campo de estudos que procura entender os processos e impactos ocasionados pelos vieses comportamentais, cognitivos e heurísticas dos investidores em suas decisões financeiras, bem como a maneira que isso se reflete no mercado como um todo.


É um campo multidisciplinar, que une principalmente pesquisadores das áreas de psicologia e economia, e cujos primeiros estudos foram iniciados apenas nas últimas décadas, embora os problemas que procurem entender e resolver sejam muito mais antigos.


Boa parte dos modelos econômicos tradicionais, muitos dos quais continuam a ser plenamente utilizados até os dias de hoje, são baseados na hipótese de que os seres humanos são seres que sempre agem de maneira racional, comparando o custo x benefícios de todas as suas alternativas quando forem tomar as suas decisões, e obrigatoriamente, escolherão aquela que maximiza o seu resultado.


Entretanto, sabemos que as pessoas nem sempre agem de maneira racional. É fácil constatar isso em diversos aspectos de nossa vida cotidiana, e com as finanças, não é diferente. Por outro lado, ao agir de maneira pouco racional, os resultados que as ações destas pessoas geram podem ser significativamente diferentes, às vezes até mesmo opostos, ao que preveem os modelos econômicos tradicionais. Veja abaixo como isso acontece na prática.


Irracionalidade na hora de investir


Devido a uma série de mecanismos e vieses comportamentais, que são inerentes aos seres humanos, é comum que pessoas tomem más decisões de investimentos que ocasionem prejuízos. Em alguns casos, ocorre justamente o oposto, quando a pessoa toma uma decisão cujo benefício esperado é muito pequeno, e a possibilidade de perda é muito grande. Dessa maneira, a pessoa está efetivamente agindo contra os seus próprios interesses, prejudicando a si própria e às suas finanças.


Mas por que as pessoas fariam isso?

É aí que entram os diversos vieses comportamentais que mencionamos antes. Um dos mais notórios chama-se “efeito manada”. Seu nome deriva de um fenômeno comum na natureza, no qual diversos animais da mesma espécie começam a correr em determinada direção simplesmente porque observaram os demais correndo. Quando alguns poucos animais começam a correr, os demais são “contaminados” e começam a correr também para acompanhar o bando.


No meio financeiro, o “efeito manada” se refere a este “contágio” quando ele começa a atingir muitos investidores. Devido a alguma informação nova, acontecimento ou outro fator, alguns investidores podem aplicar o seu dinheiro em determinados ativos, porém na medida em que a notícia sobre a aplicação dos primeiros investidores se espalha, mais investidores podem se sentir tentados a realizar a mesma aplicação financeira, sem realizar a devida análise de risco e retorno, nem refletir se a aplicação de fato está adequada aos seus objetivos, necessidades e perfil de risco.


A influência de amigos e familiares, bem como a rapidez com a qual as redes sociais espalham as notícias servem apenas para potencializar este comportamento. Caso o investidor não esteja atento, ele pode ser impactado pelo “efeito manada”, e realizar um investimento que não faça o menor sentido para os seus objetivos, e/ou apresente riscos excessivos.

O “efeito manada” é especialmente relevante pois ele pode provocar surtos infundados de euforia e medo nos mercados, os quais resultam em bolhas e crises econômicas respectivamente.


Outro viés comportamental estudado pelo campo das finanças comportamentais é a seletividade dos investidores com relação às informações que ele recebe ou o viés da confirmação. Muitas vezes, o investidor possui um palpite, ou crença, com relação ao comportamento do mercado ou de determinado ativo financeiro. Caso ele se apegue muito fortemente a este palpite ou crença, ele pode acabar sendo levado a ignorar informações que sejam contrárias ao que ele acredita e buscar apenas informações que confirmem aquilo que ele já acredita.


Entretanto, uma decisão financeira bem fundamentada deve levar em consideração não apenas os pontos favoráveis de cada investimento, mas também os seus riscos e desvantagens. Ao ser tomado pelo viés da confirmação, o investidor pode, deliberadamente ou não, deixar de considerar informações importantes para a sua tomada de decisão. Isso pode levá-lo a investir em ativos excessivamente arriscados para o seu perfil, sem considerar as possibilidades de perda, ou, na situação inversa, abrir mão de bons investimentos por levar em consideração apenas os seus aspectos negativos.


Assim como o “efeito manda” e o “viés da confirmação”, há diversos outros vieses comportamentais que podem prejudicar o investidor e dificultar uma tomada de decisão racional e bem fundamentada.


Um fato curioso sobre os vieses comportamentais é que, embora seja simples notar sua participação nas decisões de outras pessoas, é muito difícil perceber quando nós mesmos estamos sob seus efeitos.


Entretanto, há caminhos para solucionar este problema, e um deles pode ser justamente contar com a ajuda de um profissional que sirva como uma barreira de proteção para as suas decisões de investimento, orientá-lo a respeito do mercado e participar do seu processo de tomada de decisões.


Conte com a ajuda de um planejador financeiro para tomar melhores decisões


O planejador financeiro é um profissional cuja principal finalidade é auxiliar os seus clientes a organizar a sua vida financeira e planejar as suas despesas, investimentos e metas, de modo que eles consigam aumentar o seu bem estar e atingir os seus objetivos financeiros de curto, médio e longo prazo.


Antigamente, os serviços de planejamento financeiro estavam disponíveis apenas para clientes de Family offices, ou então, que pertenciam ao segmento private bank dos grandes bancos. Porém hoje já existem diversos planejadores independentes, os quais atendem a clientes com todos os tamanhos de patrimônio, inclusive aqueles que estão endividados ou ainda são iniciantes no mercado financeiro.


A Fort Capital é pioneira neste tipo de atendimento no Brasil, atuando com os mais diversos perfis e níveis patrimoniais e de renda. Além disso, contamos com planejadores financeiros certificados CFP® em nossa equipe.


O Certified Financial Planner (CFP®) de um profissional qualificado e certificado, com expertise em diversas áreas, tais como endividamento, orçamento doméstico, crédito, seguros, tributação, sucessão, investimentos, aposentadoria, entre outras.


O planejador financeiro é treinado para reconhecer os vieses comportamentais de seus clientes e ajudar a neutralizá-los. Além disso, o planejador também pode auxiliar o seu cliente por meio da elaboração de um processo rígido de análise de investimentos, que procure compreender, de maneira abrangente, por meio de fatos e dados, se determinado ativo financeiro de fato é adequado para o investidor, e se apresenta uma relação risco x retorno razoável.


Portanto, o planejador financeiro acaba servindo como uma linha de defesa do investidor contra os seus vieses comportamentais, uma vez que representa uma segunda opinião sobre as aplicações, e possui treinamento para identificar estes vieses, podendo alertar o investidor quando necessário, e conduzi-lo de volta ao processo de análise previamente estabelecido.


Ademais, o planejador financeiro também pode trabalhar em conjunto com outros profissionais do mercado, como gestores de recursos por exemplo, no apoio à montagem de uma carteira administrada (ou fundo exclusivo), com o objetivo de oferecer um serviço ainda mais completo e eficaz para o seu cliente.


Enfim, é importante estar sempre atento aos vieses comportamentais que podem afetar a qualidade das suas decisões de investimentos, e para isso, disciplina, informação de qualidade e um bom processo de análise de investimentos são de grande importância. Se estiver com dificuldades em manter estes vieses sob controle ao investir, não deixe de falar com um planejador financeiro.


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