Fort Capital
Na carta de hoje, trazemos os principais assuntos noticiados essa semana, como: o IPCA-15 e como a inflação afeta o custo de vida, o novo aumento do valor do combustível, e a crise Hídrica que continua a ser um fator de relevância para nossa economia e política interna, além da opinião do nosso especialista Paulo Monfort.
Se quiser ficar bem esclarecido sobre cada assunto destacado, pode descer a tela que terá todas as informações que você precisa.
Boa leitura!
IPCA-15 - O custo de vida continua subindo
O IPCA-15 é o Índice de Preço ao Consumidor Amplo, divulgado pelo IBGE, ele foi criado para verificar a variação de 9 grupos de preços de bens e serviços de 11 capitais metropolitanas do Brasil, abrangendo famílias com rendimento mensal de 1 a 40 salários mínimos.
Esse índice é importante, pois é através dele que sabemos como está o custo de vida para população brasileira.
Nesta quarta-feira, 25, tivemos a divulgação do IPCA-15 e com ela a confirmação do que o bolso já vem sentindo, o aumento do custo de vida.
O índice apresentou alta de 0,89%, acumulando a variação de 9,30% em 12 meses, a maior variação desde 2002, segundo o IBGE.
Os itens que mais influenciaram a alta foram: habitação, energia elétrica, gás de botijão, transporte, combustível, alimentos e bebidas.
A inflação segue bastante pressionada, principalmente pela escassez de chuvas, as temperaturas tendo grande variação, que geram alta no preço da energia elétrica e na alimentação. O preço do combustível sendo afetado pela cotação em alta do dólar, também impactam de forma desfavorável no poder de compra de grande parte da população.
Relatório de Inflação
Fonte: Site Valor Econômico
O que aconteceu com o preço do combustível:
O preço do combustível vem assustando os brasileiros e afetando diversos setores, seja da indústria, dos trabalhadores informais, como os motoristas de aplicativos, dos taxistas ou das famílias e restaurantes.
O valor do barril de petróleo é atrelado ao preço do câmbio. Logo seu valor comercial é afetado pela alta do dólar. A desvalorização real ante o dólar é o maior motor desse aumento de preço do combustível no Brasil.
A desvalorização da moeda brasileira é afetada principalmente pela incerteza dos investidores em relação a nossa política econômica. O câmbio reflete tudo isso. A cada aumento do dólar, o valor do real reduz.
A alta do preço do combustível impacta negativamente uma profissão que sustenta muitas famílias nesse longo período pandêmico, os motoristas de aplicativos. Com a gasolina alcançando valores tão altos, esses profissionais perdem grande parte do da sua margem de lucro e consequentemente seus rendimentos.
Preço da gasolina em alguns estados
Fonte: Globo News
A conta de luz subirá mais uma vez
A crise hídrica que estamos enfrentando continua a ser um fator relevante.
Ontem, tivemos as falas do Ministro da Economia, Paulo Guedes, que afirmou ser necessário um novo aumento na bandeira tarifária vermelha, nível 2 e o pedido do presidente Jair Bolsonaro, para que a população comece a economizar energia.
A alta no preço da energia elétrica, tem pesado bastante no orçamento das famílias e é um dos itens que mais pressiona a inflação diretamente, logo depois vem o combustível.
Temos que lembrar que qualquer produto que consumimos industrializado, seja ele um bolo ou a água de garrafa que bebemos, passa por uma fábrica que consumiu energia, que faz parte do custo do produto. Ou seja, o consumidor final também é afetado dessa forma com o aumento da energia.
Comparação do aumento do IPCA-15 com o aumento do preço da energia elétrica
Fonte: G1
O aumento expressivo da conta de luz é causado pela estiagem da chuva, que é a pior em 90 anos. Os reservatórios do Sudeste e Centro-oeste, já estão com 23% da capacidade de armazenamento.
A primeira ação do governo foi ativar as usinas termelétricas, aumentar a importação de energia da Argentina e Uruguai, mas essas ações aumentam o curso da energia e esse valor é repassado para os consumidores, através da bandeira tarifária.
Na próxima terça-feira, dia 31, a ANEEL deve anunciar se haverá um novo aumento da bandeira tarifária 2. A previsão de especialistas é de que o reajuste seja de R$11 até R$15, por cada kWh consumido, o que corresponde a um reajuste de 20% ou mais de 50%, respectivamente.
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